O empresário Luis Henrique Leão faz uma análise do cenário

 

A exemplo do que está acontecendo em outros países, a inflação brasileira vem sendo impactada pelo aumento dos preços das principais commodities - produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional.

Isso ocorre como reflexo dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a produção e comercialização de petróleo, gás e cereais. Internamento, bens industriais e serviços são pontos fortes de pressão inflacionária que ajudam a corroer o poder de compra do brasileiro e aumentar a inadimplência.

Sem dúvida alguma, nossa economia amarga os impactos do pós-pandemia com projeções pouco animadoras, apesar da retomada no setor de serviços.
Com a inflação exercendo pressão nos juros, o ritmo da atividade econômica vem sendo impactado.

É o caso do segmento da Construção Civil, que acaba sendo prejudicada com taxas de juros elevadas. A conta é fácil de fazer: menor ritmo na atividade econômica é igual a menos emprego, menos renda e mais dificuldade para as famílias adquirirem a casa própria.

Junta-se a isso o aumento do preço de commodities como minério de ferro, cobre e alumínio e ainda aumento do frete, por causa do preço dos combustíveis. Para se ter uma ideia, o custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.628,25 em junho, e a alta acumulada no setor em 12 meses foi de 14,53%.

Para o empresário Luís Henrique Carvalho Leão, sócio da SE-Construtora e Incorporadora LTDA, a principal consequência, diante desse cenário, é a insegurança causada, tanto para os clientes que adquirem os imóveis quanto para as incorporadoras na hora de precificar o imóvel. "Mas acredito que vencido esse momento de acomodação do mercado, o imóvel será um grande investimento, garantindo blindagem contra a inflação e como historicamente se tem, o melhor ativo para os momentos de volatilidade", conclui Leão.