O valor do novo salário mínimo passa dos R$ 1.302 para R$ 1.320 mensais, um reajuste de 1,38%, que representa um aumento de R$ 18 ????. De um lado, a medida traz efeitos positivos no bolso do brasileiro e, consequentemente, nas suas finanças no fim do mês.

Por outro lado, o aumento pode acarretar efeitos negativos, como o agravamento da dificuldade econômica do setor público. Dados do governo apontam que R$ 1 a mais no piso salarial impacta em R$ 355 milhões nos cofres públicos.

Para especialistas, o novo salário mínimo vai injetar cerca de R$ 10 bilhões na economia do país. Porém, o governo gastará mais R$ 7 bilhões por ano, haja vista que o valor é usado como piso para muitos cargos públicos e pagamentos de benefícios sociais - aposentadorias do INSS, do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e seguro-desemprego, o que corresponde a cerca de 60,3 milhões de pessoas.

Outro ponto a ser considerado é um possível aumento da inflação. Além disso, o reajuste pode resultar em mais trabalhadores em situação de informalidade pois, à medida que o trabalhador sai mais caro, o empregador pode querer diminuir sua folha de pagamento.

A influência do aumento do mínimo também recai no aumento de salários (mesmo os que não são pagos a partir do mínimo), de aluguéis de imóveis e preços de produtos.

Agora, o Governo aposta numa nova política de valorização do salário mínimo a partir de 2024. na qual o piso seja reajustado anualmente de forma a garantir ganhos reais para os trabalhadores.

Num contexto geral, as evidências indicam que a valorização do salário mínimo é positiva para a economia, porque elevam a qualidade de vida dos trabalhadores, reduzem desigualdades salariais.

Precisamos de mais políticas públicas de crescimento econômico que possam convergir em prol de quem mais precisa: o trabalhador brasileiro.