Infelizmente, o sistema tributário e a cobrança desproporcional de impostos torna o Brasil um dos países mais desiguais do mundo. Quem aponta isso é o Relatório de Desigualdade Mundial de 2022.

 

Os dados revelam que os 10% mais ricos captam 59% da renda nacional total, enquanto a metade mais pobre da população fica com apenas cerca de 10%. O Brasil tributa excessivamente os mais pobres e desonera os mais ricos. Além disso, o consumo, que corresponde a cerca de 45% da arrecadação, pesa mais sobre os mais pobres. O ICMS tributa em 18%, enquanto o ISS tributa 2%.

Sabe-se que as famílias de alta renda consomem proporcionalmente mais serviços, e as de baixa renda gastam quase tudo com bens e mercadorias (alimentação, remédio, energia elétrica). Então, a tributação é muito mais alta nas classes mais baixas de renda.

O documento também mostra que programas governamentais de distribuição de renda contribuíram para a redução da desigualdade salarial nos últimos 20 anos. Porém, na ausência de uma grande reforma tributária e agrária, a desigualdade geral de renda no Brasil permaneceu praticamente inalterada.

O mundo mudou, a economia mudou. O setor de serviços ganhou um peso econômico que não tinha antes.

Por esses e outros motivos, a reforma tributária se torna cada vez mais urgente, para resolver o problema de desigualdade, além de melhorar a economia do país como um todo.

Com informações de Portal Contábeis